“Meus lindos filhos, vocês devem
prosperar e se espalhar, tornem-se muitos para protegerem minha criação,
controlem seus primos ‘os homens’, dada sua natureza egoísta vocês devem ser
mantidos sobre controle. Por isso cada casal poderá ter um filho que herdara
seu sangue abençoado. Mas aqui ei de lhes advertir, vocês não são como ‘os homens’,
não existe distinção de sexo, então para prosperarem devem procriar com uma de
suas metades, humana ou lobo. Aqueles nascidos de incesto sofrerão tormentos em
suas almas até o fim de seus amaldiçoados dias!”
Gaia
- Eu corri, corri ate não aguentar, ate sentir meus músculos
rasgarem, ate vomitar, ate a sede ser tanta que cogitei o sangue para sacia-la.
- Minha filha, minha esposa, como pôde fazer isso a elas!
- Nunca irei esquecer isso, como o sangue jorrou de seus
corpos jovens, como rasgaram sua carne como se fosse um simples gado de abate.
‘
- Eu os amaldiçoo! Oh, Gaia, minha Deusa, eu não mereço
isso, elas não mereciam. Mas entendo, ao ver minha pequena, entendi porque não
devemos cometer incesto, Ahh!! Se você visse. Ela não era lobo, nem humana, já
nasceu como forma familiar de Crinos. Como eu poderia cria-la na sociedade?
Nenhuma sociedade iria aceitá-la.
- Então eles chegaram, já em sua forma monstruosa, dois me
dominaram, enquanto assassinaram minhas pequenas. Em uma fúria tremenda me
livrei deles. Escapei, seria impossível lutar contra todos. Fui um covarde, mas
precisava chegar a você e te contar a minha historia.
O mago olha para o Garou sentindo compaixão, mas seus
acordos centenários não podem ser quebrados por sentimento tão leviano. Então
diz com austeridade:
- Você sabe que não posso lhe dar abrigo ou te esconder. Infelizmente
não posso quebra o acordo de nossas raças.
O Garou olha pra baixo, balança a cabeça de um lado para o
outro. E fala com um tom de desapontamento e dor:
- Você não entendeu nada. Não vim pedir isso! Eu quero que
você pega sua droga de pena e anote o que tenho a dizer. Sei que sua sociedade
adora conhecimento e vim lhe oferecer. Quero que tome nota da minha historia e
da historia da minha raça. Sei que vocês tem pouca informação sobre nós, ate
porque nossa historia só pode ser contada em cerimônias e rituais, porem, estou
aqui para poder lhe passar o que sei.
O mago olha para o Garou estampando um sorriso de sagacidade.
Seria agora que poderia conhecer um pouco mais sobre esta raça que ainda consegue
se comunicar com seu criador.
- Meu filho, pode entrar. Porem que já esteja ciente que no
momento que baterem em minha porta nada farei.
- Eu já estou pronto pro que me espera. Gaia já havia me advertido,
fui um tolo. Assim que lhe falar o que sei me entregarei para o meu algoz.
E com um sorriso de satisfação o jovem Garou entra na casa
do Mago. Porque não há maior vingança que a revelação de segredos que remetem
desde a criação da humanidade. O jovem mal sabe o que isso acarretara.
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